terça-feira, 29 de setembro de 2009

Prevalência da má oclusão em escolares da rede publica do município de Manaus, AM


Com o objetivo de determinar a prevalência da oclusão normal e da má oclusão em escolares de 7 a 11 anos, de ambos os gêneros, na rede estadual de ensino da cidade de Manaus, Amazonas; e estudar possíveis diferenças existentes entre os gêneros, obtendo assim, dados que possam servir de orientação a programas de saúdes dentárias realizou-se levantamento das escolas públicas estaduais e o número de alunos que nelas estudavam.
De cada zona administrativa de Manaus foi selecionada uma escola com oferecimento de educação até a 4ª série do ensino fundamental e com características semelhantes entre si em relação ao número de alunos. No total, foram examinados 957 alunos, independente de gênero e etnia, advindos de seis Escolas da Rede Estadual, com idade entre 7 a 11 anos.
Os dados obtidos mostraram que dos 957 escolares, 630 eram portadores de má oclusão, resultando numa prevalência de, aproximadamente, 66%, sendo que para portadores de oclusão normal, esta prevalência foi de 34%. Não houve diferença significativa entre os dois gêneros quanto à má oclusão.
Assim ficou evidente o elevado índice de má-oclusão na faixa etária estudada, o que denota a importância da adoção de medidas estratégicas de combate a esse problema. A criação de um programa de conscientização da população, e a realização de medidas interceptativas para a prevenção de oclusopatias, é sugerida para assegurar a superação deste problema de saúde pública.

Autores do trabalho:
Maria Eliana Cruz de ALMEIDA
Mario VEDOVELLO FILHO
Silvia Amélia S. VEDOVELLO
Adriana LUCATTO
Aline Tralde TORREZAN

Pesquisa publicada na revista RGO, Porto Alegre, v. 55, n.4, p. 389-394, out./dez. 2007

terça-feira, 16 de junho de 2009

Coca-cola desgasta o dente – um alerta simples


Com o decréscimo da prevalência de cárie a partir dos anos 60, a preocupação com a perda dos dentes tem-se voltado para outras causas, entre as quais se inclui a erosão dental.
Erosão dental pode ser definida como o resultado físico de uma perda das partes duras da superfície dental provocada por ácidos ou quelantes, sem o envolvimento de bactérias.
O agravante é que a erosão dental pode ter conseqüências catastróficas para a saúde bucal. Perdas de tecido podem resultar em sensibilidade, dor e má aparência. Em acréscimo, o tratamento restaurador do esmalte ou dentina perdidos é difícil, oneroso e requer contínuo acompanhamento.
Os fatores responsáveis pela erosão podem ser de causas externas, internas ou desconhecidas.
O caso de fatores externos podemos dizer que seria é o resultado de ácidos de origem externa, por exemplo, o contido nos refrigerantes. Internos são os ácidos produzidos por secreção gástrica, regurgitação e refluxos recorrentes. Idiopáticos são ácidos de origem desconhecida.

Com relação à capacidade da saliva de reparar as alterações minerais provocadas pela Coca-Cola, os resultados de um trabalho de pesquisa do Prof. Jaime Cury mostrou que, embora tenha havido um aumento significativo da dureza tanto do esmalte como da dentina, a eficiência não foi total.
Dois aspectos fundamentais devem ser destacados. Primeiro, que a porcentagem de recuperação de dureza do dente foi inversamente proporcional à freqüência de ingestão do refrigerante, ou seja, quanto mais se bebe coca-cola mais o esmalte dentário é desgastado pelo acido do refrigerante. Segundo, apesar de a saliva ter a capacidade de reendurecer o esmalte, seu efeito foi limitante. Deste modo, quando da ingestão de Coca-Cola, sempre haverá uma perda líquida de minerais da superfície dental. Isto é decorrente do fato de o pH da Coca-Cola (2,29) ser inferior a 4,0 ocasionando de perda de mineral da superfície do dente ocasionando uma erosão no esmalte.
Assim, conclui-se que em função da natureza do fenômeno de erosão somente medidas de promoção de saúde bucal poderiam contribuir para o seu controle.
Deste modo, a orientação para reduzir a freqüência de contato dos dentes com refrigerantes Coca-cola em especial, alimentos ácidos ou medicamentos é o conselho mais lógico e efetivo.

Ortodontia - sempre prevenir



Após a complementação da dentadura decídua (de leite), a criança não deve mais apresentar hábitos de sucção, uma vez que, nessa idade, o instinto de sucção deve ser substituído pelo de morder e pegar. O prolongamento da fase oral não é fisiológico e hábitos perpetuados além dessa fase tornam-se deletérios. O hábito de sucção deletério contribui como fator etiológico em potencial na deterioração da oclusão e pode transformar-se em hábito nocivo, de acordo com a freqüência, intensidade e duração do movimento, pré-disposição individual, idade e, também, de acordo com as condições de nutrição e, conseqüentemente, de saúde do indivíduo.
A prevenção da má oclusão (dentes tortos) é considerada uma alternativa para ao Tratamento Ortodôntico, uma vez que os tipos de más oclusões mais comuns são condições adquiridas, atribuídas a uma dieta pastosa onde a criança não necessita mastigar, a problemas respiratórios e a hábitos bucais deletérios como, por exemplo, chupar dedo, roer unha, chupar chupeta até uma idade mais avançada, entre outras.
Muitos programas preventivos e interceptadores devem ser realizados o mais precocemente possível, visando manter o equilíbrio do desenvolvimento da boca, dentes e da face como um todo ou restabelecer os padrões de normalidade de crescimento.